
As imponentes escadarias do Palácio da Liberdade.
Ao completar 50 anos de seu tombamento, o Palácio da Liberdade recebe a maior restauração — são investidos mais de R$ 10 milhões em obras — e o maior público de sua história: quase 400 mil visitantes estiveram em suas dependências em 2024.
Fotos Cezar Félix
O Palácio da Liberdade surgiu juntamente com Belo Horizonte — a capital que completou 127 anos — e, em 2019, abriu as portas para receber os turistas e os belo-horizontinos. Em 2024, o palácio recebeu cerca de 400 mil visitantes. Esse expressivo número foi alcançado graças também aos projetos estruturados pela Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de Minas Gerais.A Secult-MG desenvolveu uma programação cultural diversa, gerida pela Fundação Clóvis Salgado, e o Palácio da Liberdade passou a receber exposições e eventos que integram projetos como o Natal da Mineiridade, a Virada da Liberdade, a Minas Santa e a Minas Junina.

Turista fotografa a fachada do Palácio da Liberdade.
Centro da cultura mineira
Em janeiro de 2024, a ex-sede do governo mineiro completou 50 anos de seu tombamento e passa pela maior restauração de sua história, com um investimento de R$ 10 milhões. “Em situação crítica desde 2023 e com patrocínio do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o Palácio da Liberdade vem passando por intervenções visando sua recuperação”. como informa Leônidas de Oliveira, secretário de Cultura e Turismo de Minas Gerais. “Troca do telhado, recuperação de pinturas parietais, iluminação e jardins. Tudo isso aliado ao desejo do Governador Romeu Zema de que as pessoas continuem visitando o Palácio, que é de toda a mineiridade”, argumenta o secretário.

Turistas em uma das salas do Palácio,
Leônidas de Oliveira acrescenta que “o nosso espaço central e histórico da política é hoje também o centro da cultura mineira, com inúmeras atrações artísticas. Aberto, público, livre e democrático. Isso, a meu ver, é o que devemos comemorar. A democratização do acesso aliado ao cuidado com nosso patrimônio, feitos de forma magistral pelo Instituto do Patrimônio Histórico de Minas Gerais (Iepha-MG).

Sala de Banquetes.

Um outro ângulo da bela Sala de Banquetes.
Memória viva
Para João Paulo Martins, presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), “a restauração é algo histórico por tudo o que o Palácio da Liberdade representa”. O Palácio da Liberdade também recebe diversos eventos institucionais promovidos pelo Governo de Minas.

O Quarto da Princesa.
“Memória mais que viva, ativa, o Palácio da Liberdade, incluindo seus jardins, é espaço dedicado à arte, cultura, conhecimento, entretenimento; palco das mais importantes solenidades e eventos, o espaço segue quebrando recordes de visitação. Nascido sob o signo do poder, o Palácio da Liberdade tornou -se sinônimo da própria Liberdade”, completa o presidente da Fundação Clóvis Salgado, Sérgio Rodrigo Reis.

O belo afresco restaurado.

Detalhe de um dos afrescos.
Símbolo da identidade mineira
O tombamento do Palácio da Liberdade foi oficializado pelo Decreto Estadual nº. 16.956, de 27 de janeiro de 1975, que reconheceu o valor artístico, histórico e paisagístico desse imponente edifício e de seus jardins. O registro incluiu as fachadas, áreas internas, elementos decorativos, a fonte, esculturas, o orquidário, o quiosque e demais bens que compõem o conjunto arquitetônico e cultural.

R$ 10 milhões imnvestidos na restauração, um patrocínio do Ministério Público de Minas Gerais.
Desenhado pelo arquiteto José de Magalhães, no projeto da nova capital de Minas Gerais, o Palácio possui um estilo arquitetônico eclético, que combina o classicismo romântico francês com influências do neobarroco e do renascentismo italianos. A pedra fundamental foi lançada em 7 de setembro de 1895, e as obras tiveram início em 25 de novembro do mesmo ano. Desde então, o edifício, localizado na Praça da Liberdade, se consolidou como um símbolo da identidade mineira e e sendo palco de momentos históricos marcantes.

Turistas visitam o Palácio no Natal da Mineiridade. Destaque para a lindo presépio, autoria da artista Anísia Lima, de Turmalina, Vale do Jequitinhonha.