Vamos redescobrir Minas Gerais

 

A viagem é por aqui — Minas Gerais 300 anos

Para celebrar os três séculos da gloriosa existência de Minas Gerais, publicamos aqui um ensaio fotográfico que mostra o que há de mais belo nos patrimônios histórico, cultural e na natureza desse que é o mais universal dos estados brasileiros.

Fotos Cezar Félix

Uma das exuberantes vistas da Lapinha da Serra: síntese da natureza da região das Minas.

O objetivo desse ensaio é fazer você se encantar com fotografias que desvelam a beleza da arte, da arquitetura, do folclore e das festas religiosas, além de imagens bonitas que juntam fauna e flora deste que é o mais universal dos estados do Brasil.

Há ainda imagens da gente mineira, da original gastronomia típica e, é claro, os mais belos ângulos de Belo Horizonte no ensaio especial Perambulando por BH.

Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, em Lavras Novas.
Folclore: a beleza e a força do congado, tradição secular.

Sinuoso nas Minas e vasto nos Gerais

A proposta aqui é guiar você a um passeio emocionante ao longo dos mais belos e significativos bens materiais e imateriais dessas muitas Minas e daqueles vastos Gerais.

Pico do Itambé na Serra do Espinhaço.
No cerrado dos vastos Gerais.

As fotografias estão aqui para apresentar um recorte da importância desse estado ora vasto, nos gerais, ora acidentado, nas sinuosas serras da região das minas, no imaginário brasileiro.

Milho Verde, Capela de Nossa Senhora do Rosário.

Descobrir, redescobrir

Cachoeira do Fundão, Serra da Canastra.

O que interessa nesse ensaio, é transmitir emoções a você que ama e que admira Minas Gerais. O objetivo é  levá-lo a descobrir, redescobrir, conhecer e desvelar os tesouros deste território.

Mariana, Praça Minas Gerais: Igrejas de São Francisco de Assis e de Nossa Senhora do Carmo.

Patrimônio histórico: arquitetura e arte

Assim, faz-se desfilar aqui um significativo mosaico da arte e da arquitetura, forjadas por uma história que ao longo dos séculos lapidou o mais valioso patrimônio histórico do Brasil em todos os estilos de época — do barroco ao contemporâneo.

Igreja de Santa Efigênia dos Pretos, em Ouro Preto.

Em seguida, oferece-se uma amostra do artesanato, também uma manifestação singela da arte espontânea e popular, geradora de muitos postos trabalho e renda.

Artesanato: tradição e criatividade.
Artesanato com as mais variadas matérias-primas.
Congado: os marujos de Paraopeba.

Folclore e religiosidade

A religiosidade e as demonstrações de fé herdadas dos colonizadores desta terra e forjadas no dia a dia difícil que construiu a mineiridade estão na raiz das festas folclóricas e religiosas, que vêm de um tempo em que esse era um território ainda sem fronteiras. De extraordinária beleza e muito tradicionais, elas carecem ser melhor estudadas, de modo a viabilizar a sua permanente preservação, como comprovam os belíssimos ensaios desses eventos incluídos neste ensaio.

Natureza magistral

A natureza é um capítulo à parte nas terras das Minas Gerais.
Veado-campeiro nos campos do cerrado.
Paisagem das altitudes da Serra do Espinhaço.
Os primeiros quilômetros da saga do Rio São Francisco.
Crepúsculo no Lago de Três Marias, no sertão.

O capítulo desse ensaio dedicado à natureza apresenta os mais importantes biomas de Minas Gerais: o Cerrado, a Caatinga e a Mata Atlântica. Os maciços da Mantiqueira, Canastra, Espinhaço e as sempre misteriosas cavernas explicam porque Minas é palavra mais do que montanhosa, é palavra abissal, como cantou o poeta maior Drummond. Exemplares da fauna e da flora, inclusive os mais ameaçados, estão retratados em todo o seu esplendor, assim como grandes rios e lagos, cachoeiras e nascentes: as águas que formam uma das mais importantes bacias hidrográficas do hemisfério ocidental.

Cachoeira Rabo de Cavalo, Parque Estadual Serra do Intendente, Conceição do Mato Dentro.

Cachoeira Grande, na Serra do Cipó.

Rio Parauninha, Serra do Cipó.
Pôr do sol nas águas do cerrado de Patrocínio.

De dar água na boca

Para dar água na boca — basta admirar literalmente a deliciosa imagem —, as fotos que serão aqui publicadas vão representar o quanto são irresistíveis os sabores da gastronomia típica mineira.

Torresmo (muito bem acompanhado), nada mais mineiro.

Por fim, há as singelas, comoventes e originais imagens que ilustram cenas e símbolos (como o carro-de-boi e a Maria-Fumaça) da vida cotidiana da gente humilde e trabalhadora que forma essa grande nação onde vive um povo único, os mineiros, habitantes das muitas Minas e dos vastos Gerais.

Estação de Tiradentes de onde parte a “maria-fumaça”.

Patrimônio histórico incomparável

Aqui nesse capítulo do ensaio faz-se  desfilar um significativo mosaico da arte e da arquitetura, forjadas por uma história que ao longo dos séculos lapidou o mais valioso patrimônio histórico do Brasil em todos os estilos de época — do barroco ao contemporâneo.

A obra-prima do Barroco, Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto, de Aleijadinho.

Do alto sobre Tiradentes, a Matriz de Santo Antônio.

Igreja Matriz de São Gonçalo, em São Gonçalo do Rio das Pedras, distrito do Serro.
Igreja de São Francisco de Assis, em São João del Rei.
Igreja de São Geraldo, em Capivari, distrito do Serro.
Barroco magistral; Nossa Senhora da Piedade, de Aleijadinho, na Serra da Piedade.

Perambulando por Belo Horizonte

Edifício Niemeyer na Praça da Liberdade: flores e cores modernistas.

As belezas de Belo Horizonte se desvelam nos detalhes simbolizados pelas ondulações sinuosas da Serra do Curral, nos arrojados traços (da arte e da arquitetura) dos seus monumentos históricos ou ainda no incessante movimento de suas ruas, alamedas e avenidas. Para conquistar a intimidade dessa metrópole eclética e cosmopolita de 122 anos, é preciso andar pela cidade sempre atento, com o mesmo olhar de um explorador. O encantamento virá aos poucos, em calculadas porções de cada beleza revelada.     

Viaduto de Santa Tereza: todas as cores de BH.

Andar pelas ruas da cidade de um jeito diferente, nem em (des)embalada correria — como, aliás, é de praxe aqui, nessas alterosas, é o que exige a sua agitada, fria e calculista rotina na luta pelo pão que precisa ser ganho a cada dia — nem em passadas lentas a ponto de se parecer alheio ao que acontece (e o que revela) a cada esquina. Belo Horizonte é uma capital astuta, esperta (assim como o mineiro), pede argúcia ao observador.

Luzes noturnas (e o eclipse lunar) de uma metrópole de 122 anos.

As suas belezas são desveladas nos detalhes, seja nas sinuosas ondulações da Serra do Curral seja nos traços da arquitetura dos edifícios históricos ou no sobe e desce incessante de muitas das ruas, alamedas e avenidas. Mesmo na época dos ipês que florescem a urbe de rosa, branco ou amarelo, as belezas estão de certo modo ocultas, como que a exigir tempo e paciência do observador. Portanto, é preciso andar pelas ruas de BH sempre atento, com o olhar de um explorador. O encantamento virá aos poucos, em calculadas porções de cada beleza revelada. A partir daí, a paixão pela cidade é certa.

Igreja de São Francisco de Assis, Patrimônio da Humanidade.

Natureza: as serras, a guiar tantos rios

As águas sempre límpidas em um recanto na Serra do Cipó.
A natureza desenha paradisíacos cenários na Serra do Espinhaço.

O Velho Chico inicia seu trajeto de forma despretensiosa, em meio à Serra da Canastra, no centro-sul de Minas Gerais. Ao longo do seu caminho, vai ganhando força enquanto atravessa os campos. Mergulha em quedas d’água como a Casca d’Anta, com seus 186 metros de altura, carrega esperança e vida ao interior de Minas. As águas desse grandioso rio escorrem por um trajeto que atravessa o sertão, levando fertilidade a centenas de comunidades. Dois mil e setecentos quilômetros depois de nascer acanhado em Minas Gerais, vai desaguar no Oceano Atlântico, na divisa entre Alagoas e Sergipe. Não sem antes ligar cinco estados brasileiros, o “Rio da Integração Nacional”.

Pequenas e aprazíveis quedas d’água no Rio Cipó.

Não é apenas o rio com nome de santo que brota de terras mineiras para abençoar homens, animais e árvores pelo Brasil afora. Também rios, como o Grande e o Parnaíba, minam dessas terras e, do encontro deles, lá onde Minas encosta em São Paulo e no Mato Grosso do Sul, nasce o Rio Paraná, outro de tantos esplendores. Leva um pouco de Brasil para a Argentina e para o Paraguai. Cenário de conflitos, como a Guerra do Prata, mas também de conquistas, como a Usina Hidrelétrica de Itaipu e tantas outras espalhadas por seu caminho. E, assim, dessas nascentes tímidas, brota o apelido de Minas Gerais, “Caixa d’Água do Brasil”.

Um belo †angulo da paisagem da apinha da Serra.

A guiar tantos rios, estão os morros, que se  impõem como obstáculos a serem vencidos, conquistados, contornados. Assim, as águas que surgem modestas começam a ganhar força, como os próprios moradores dessas paragens, sem nunca deixarem de escoar rumo ao oceano por essa região de planaltos. Terras que, por vezes, tentam descer até o mar e abaixam até os 79 metros de altitude, mas que têm mesmo é vocação para alcançar os céus e chegam ao seu auge com o Pico da Bandeira, com seus 2.890 metros, na divisa com o Espírito Santo.

Luz de final de tarde na Cachoeira Grande, Serra do Cipó.
Mais um lindo lugar na Serra do Espinhaço. A placa já diz tudo.

Um pico que é parte da imponente Serra do Caparaó, que tenta parar o Rio Doce, ao Sul, logo ele, que já tinha, mais a oeste, esbarrado na quase intransponível Serra do Espinhaço, a única brasileira a ganhar o statusde cordilheira. Não só o Rio Doce, como vários outros cursos d’água que, como em uma estratégia de guerra, movimentam-se em pequenas frentes para se unirem bem mais adiante e alcançarem o mar por leste, agora maiores, juntos e vitoriosos. É assim que esse terreno irregular chamado Minas Gerais, com seus “mares de morros”, vai guiando suas águas e formando as bacias que irrigam a vida sobre ele.

Se a imponente Serra do Espinhaço tenta aprisionar a Bacia do Rio Doce de um lado, do outro, é a Bacia do São Francisco que a encontra e precisa achar um novo curso para alcançar o oceano. Guiadas pelo protetor dos animais, é para o norte que essas águas se espalham e acabam irrigando 49% do Estado. Juntas, as bacias dos rios Grande e Parnaíba, por sua vez, irrigam 27% desse território de quase 600 mil quilômetros quadrados. A porção mais ao leste é disputada pelas bacias Jequitinhonha, Mucuri, Doce e Paraíba do Sul. Cada uma procurando seu caminho depois de serem divididas por serras como Espinhaço, Mantiqueira, Canastra e Caparaó.

O luar na Serra do Ouro Branco.

As ondas que dominam os horizontes mineiros compõem a identidade mais evidente do Estado, mas, bem abaixo de tudo isso, estão enterrados seus mais surpreendentes segredos. Graças à persistência da natureza em esculpir, solo, grutas e cavernas que começaram a ser desenhados há milênios escondem tesouros riquíssimos, minerais cobiçados e achados arqueológicos que revelam a história dos primeiros moradores da Terra. As chamadas regiões cársticas abrigam, ainda, importantes aquíferos.

As luzes e cores da Serra da Canastra.

No centro de Minas Gerais, estão algumas das formações cársticas mais importantes da América do Sul, como a Gruta de Maquiné, que protege, 18 metros abaixo da terra, conservadas pinturas rupestres em sete salas abertas ao público e amplas galerias. Descoberta em 1825 e amplamente estudada pelo naturalista dinamarquês Peter Lund, apresenta 650 metros quadrados de caça ao tesouro. Por ali, também estão muitas outras cavidades, algumas especialmente profundas, como a Gruta do Centenário, com 484 metros de desnível. Formações semelhantes e igualmente impressionantes podem ser encontradas nos parques estaduais de Ibitipoca, de Carrancas e de Luminárias, no Sul de Minas.

Alvorada no alto do chapadão da Canastra.

Se o brilho do ouro já não resplandece com a mesma intensidade em Minas Gerais, é graças a esse intrincado arranjo de hidrografia e relevo que o dourado que já foi o símbolo do povo das montanhas foi substituído por uma vasta paleta de cores. Do verde-esmeralda da Mata Atlântica ao ocre do Cerrado, passando pelo vermelho-sangue da terra repleta de ferro, inúmeras tonalidades brincam entre os rios que inundam os vales e os olhos. Nesse cenário, florescem três dos principais biomas do Brasil — Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica.

Uma humilde nascente de um monumental rio, o São Francisco.
De manhã, cedinho, na parte alta da Casca d’Anta.
A primeira queda d’água do Velho Chico.
O raríssimo (e ameaçado de extinção) pato mergulhão.
A gloriosa Cachoeira Casca d’Anta.
A mãe e o filhote: veado-campeiro.
A ema ainda corre livre nos campos de cerrado.

As cores do pica-pau.

O cerrado abriga inúmeras espécies dos mais belos pássaros.
O Rio São Francisco adentra o sertão dos Gerais.
As veredas do grande sertão.
Pôr do sol no sertão.

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